Governo reduz impostos de alguns produtos para frear inflação
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu tarifas de importação de dois tipos de vergalhões de aço e, em mais uma iniciativa para tentar reduzir pressões sobre a inflação, zerou as alíquotas para uma lista de produtos alimentícios, informou o Ministério da Economia nesta quarta-feira.
Os itens que terão o imposto cortado a partir desta quinta-feira, com validade até 31 de dezembro deste ano, serão incluídos na lista de exceções que pode ser usada pelo Brasil no Mercosul para alterar tarifas de maneira unilateral, sem necessidade de discussão com os demais componentes do bloco.
Entre os itens afetados, foi reduzido de 10,8% para 4% o Imposto de Importação de dois tipos de vergalhão de aço (CA50 e CA60).
No gênero alimentício, foram zeradas as tarifas de carnes desossadas de bovinos (10,8% antes), pedaços de frango (9%), farinha de trigo (10,8%), trigo (9%), milho em grãos (7,2%), bolachas e biscoitos (16,2%) e outros produtos de padaria pastelaria (16,2%).
Ainda houve corte da tarifa de dois insumos para agropecuária --ácido sulfúrico, de 3,5% para zero, e o fungicida mancozebe, de 12,6% para 4%.
O custo da medida é estimado pelo Ministério da Economia em 700 milhões de reais neste ano.
Fonte do governo chegou a informar na segunda-feira que estava em avaliação um corte a zero do imposto de importação sobre o aço, não apenas uma redução parcial para itens específicos. A notícia derrubou as ações das empresas siderúrgicas na terça, quando executivos do Aço Brasil, que representa o setor, reuniram-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar convencer o governo a ignorar o pleito do setor da construção civil pela redução das tarifas de vergalhões.
De acordo com a secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Ana Paula Repezza, a redução para os produtos alimentícios e agrícolas foi feita com o objetivo de frear o impulso inflacionário.
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