Nesta terça-feira (6/9) que antecede o feriado nacional em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil, o mercado do boi gordo seguiu travado nas principais praças, com um ritmo moroso nas negociações e sem tendência definida para os preços da arroba, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Na maioria das praças brasileiras, as cotações boiada gorda ficaram estáveis.

Nas praças do interior de São Paulo, as cotações para boi e novilha gordos não sofreram alteração nesta terça-feira, e seguem valendo R$ 288/@ e R$ 282/@ (valores brutos, a prazo), respectivamente, de acordo com apuração da Scot Consultoria.

Por sua vez, o preço da vaca gorda paulista registrou queda de R$ 2/@ em relação ao dia anterior, e agora vale R$ 268/@ (bruto, no prazo), informa a Scot.

O bovino com destino à China, abatido mais jovem (até 30 meses de idade), está cotado em R$ 300/@ no mercado de São Paulo (preço bruto e a prazo).

Na avaliação dos analistas da IHS Markit, as escalas confortáveis e o baixo apetite comprador por parte dos frigoríficos brasileiros condicionam a permanência das relações de oferta e demanda desequilibrada, o que fomenta a manutenção do viés baixista na arroba.

Esse foi o cenário observado pela consultoria nas praças do Mato Grosso do Sul. Diante da ausência de grande player na região, as ofertas continuam positivas e acima da necessidade de compra por parte das indústrias locais, resultando em novos recuos nas cotações da arroba do boi gordo.

Em Dourados, a IHS Markit captou recuo de R$ 275/@ para R$ 270/@ nos valores do macho terminado. Nas praças de Três Lagoas e de Campo Grande, a arroba caiu de R$ 275 para R$ 272.

Segundo os analistas da IHS, o retorno das operações da JBS na planta de abate localizada em Nova Andradina pode trazer um maior incentivo ao mercado do boi gordo, estimulado pelo incremento da demanda.

Porém, a IHS Markit captou que a retomada das operações na unidade já se encontra com escalas minimamente avançadas, fator que pode limitar a necessidade de aquisição de boiadas gordas na região.

Além do fraco apetite comprador, em termos gerais, os pecuaristas brasileiros seguem com pouco interesse em fechar negócios, já que evitam a qualquer custo efetivar vendas com preços abaixo das bandas vigentes.

Essa conjuntura, diz a IHS, é observada nas praças do Sudeste, sobretudo no mercado paulista.

De todo modo, continua a consultoria, o mercado segue atento ao comportamento dos preços durante a segunda quinzena de setembro, quando é esperado uma maior oferta de gado provindo do segundo giro de confinamento.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta terça-feira, 6/9
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

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