Com mais uma semana de queda nos preços do boi gordo, até mesmo em São Paulo os frigoríficos exercem pressão sobre os preços da arroba do boi gordo junto aos pecuaristas neste ponto do mês. O clima chuvoso é um complicador adicional, considerando a dificuldade de retenção nos confinamentos nestas condições. 

Boi soma queda de R$ 35,00/@ ao longo deste ano – dados do Cepea de Janeiro a Setembro – e produtor amarga prejuízos. Os pecuaristas estão vivendo um grande dilema diante da pressão de baixa da arroba e os altos custos de produção, enquanto os frigoríficos possuem excelentes margens. 

Para os confinadores, afirma o zootecnista Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos (São Paulo, SP), o ambiente é de preocupação, pois muitos deles terão, pelo segundo ano consecutivo, de entregar os seus animais, entre setembro e outubro, “a preços significativamente abaixo do custo de produção”.

O mercado do boi gordo nas praças paulistas está devagar em função das escalas confortáveis. Ofertas abaixo dos preços de referência estão ocorrendo, mas de forma compassada. Nas praças paulistas, o boi gordo está cotado em R$283,00/@, a vaca gorda em R$270,00/@ e a novilha gorda em R$280,00/@, preços brutos e a prazo.

Segundo dito anteriormente, o valor do boi gordo segue em desvalorização na média paulista. Os dados do Indicador do Boi Gordo/CEPEA, mostram que o valor já recuou cerca de R$ 35,00/@ ao longo deste ano, comparando os meses de JAN/22 (R$ 338,46/@) e SET/22 (R$303,37/@). Veja mais detalhes no gráfico abaixo. Bovino destinado à exportação está cotado em R$290,00/@, preço bruto e a prazo.

Segundo os dados informações pelos pecuaristas junto ao app da Agrobrazil, o maior valor registrado para o dia foi em Promissão, interior paulista. Para os animais confinados e com abate programado para o dia 14 de outubro, a indústria pagou R$ 290,00/@ com o pagamento no prazo de 30 dias.

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