“Caro pecuarista, você está satisfeito com a toalete praticada pelos frigoríficos brasileiros? Há transparência nesse processo? Acredito que você respondeu NÃO para essas duas perguntas. Pois saiba que a situação poderá piorar ainda mais.” – são com esses questionamentos temerários que abrem uma carta assinada por 32 entidades do agronegócio brasileiro, onde há o objetivo de padronizar o toalete das carcaças bovinas na indústria frigorífica.

Recentemente o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento abriu consulta pública (SDA 515/2022) sobre a padronização da toalete das carcaças bovinas. Diversas entidades, incluindo sindicatos rurais, Associação Brasileira de Zootecnia (ABZ), Grupo Pecuária Brasil(GPB) e Novilho Precoce MS, elaboraram um conjunto de sugestões sobre o assunto afim de não deixar dúvidas sobre vários pontos do abate, assim não gerando insegurança ao pecuarista. 

Segundo Lauro Sagrilo, vice-presidente do Sindicato Rural de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó, os frigoríficos não cumprem o conceito de carcaça regulamentado pelas atuais normas do MAPA. Lauro também sustenta que o próprio MAPA é omisso e não exige a padronização do produto carcaça bovina. “Todas as Associações e Sindicatos Rurais do país precisam se unir às 32 Entidades que já estão mobilizadas na luta pela padronização das carcaças bovinas. Quando estudamos o projeto percebemos que há vários pontos problemáticos, pontos que não trazem padronização, pelo contrário, acabam legalizando a toalete excessiva. Nós não podemos permitir que as definições de carcaça e de toalete sejam abertas e imprecisas – isso representa um retrocesso normativo –, por esse motivo protocolamos no MAPA uma proposta para reformar esse projeto.” – ressaltou Lauro.

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