"O agronegócio deve ser eliminado da terra", disse Lula em reunião com MST
O
ex-presidente Lula tem dito e repetido, durante a sua campanha eleitoral para
voltar à presidência, que o “Movimento dos Sem-Terra”, e tudo aquilo que vem
junto com ele, terá um lugar de “importância” em seu governo. Pode ser mentira,
para segurar o apoio da “esquerda radical” com mais uma promessa que não sabe
se vai cumprir ou não.
Mas,
de qualquer jeito, é o que ele está dizendo que vai fazer; seu vice Geraldo
Alckmin, aliás, não tira mais da cabeça o boné do MST. É a mais violenta
declaração de hostilidade ao agronegócio que um candidato poderia fazer em
público.
O MST, esse mesmo a quem ele promete dar
poderes extraordinários se ganhar a eleição, não prega apenas a “reforma
agrária”, ou “mudanças no modelo”; está exigindo, em voz alta, a eliminação
pura e simples de todo o sistema de produção que existe hoje na agricultura
brasileira.
Em suas reuniões, comícios e atos públicos
em geral, os líderes do MST — gente que, nessas ocasiões, fala em “dialética”,
“agregado econômico” e “modelo político” — diz, exatamente com essas palavras,
que o agronegócio é “o inimigo do povo brasileiro”. Tem de ser “destruído”, e o
seu lugar vai ser ocupado pelos “homens e mulheres” que “produzem alimentos
saudáveis” e que estão no campo para cumprir metas sociais; em vez de buscarem
o “lucro” estarão servindo “à sociedade”, etc. etc. etc. Não querem mudanças no
sistema; querem a destruição do sistema. Não querem acesso a terras hoje não
cultivadas e que poderiam ser exploradas. Querem tomar dos seus proprietários o
patrimônio que eles construíram com o seu trabalho; querem ficar com o que já
está pronto com o esforço, o talento e o capital alheios. O MST diz em seus
discursos que a soja é uma “inimiga do Brasil”. Todo o agronegócio, segundo
afirmam os seus chefes, é um “modelo de poder” que tem de ser eliminado da face
da Terra. Os agricultores e pecuaristas, mais os técnicos, os pesquisadores e
os trabalhadores especializados do agro, são delinquentes sociais que precisam
ser reprimidos pelo governo.
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