Rila ampliará exportações e importações de produtos dos 4 países envolvidos
A caravana que percorreu mais de 6 mil km, entre Porto Murtinho e os portos de Antofagasta e Iquique (Chile), deixou empresários animados com a possibilidade de exportar os produtos brasileiros para o mercado asiático com menos custo. De acordo com levantamento do Governo do Estado, haverá uma diminuição de 30% nos custos de transporte e um aumento de 10% nas exportações. A rota reduzirá em oito mil quilômetros o passeio que a carga faz pelo Atlântico, a partir dos portos de Paranaguá e Santos.
Além disso, há também a possibilidade de expandir os mercados dentro da Argentina, do Paraguai e do Chile. Atualmente, conforme o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS (Setlog), Cláudio Cavol, as mercadorias enviadas para a região servem somente para abastecer as cidades fronteiriças e as exportações não passam de 2%.
Os custos para importação dos produto também deverão diminuir significativamente. Cavol destacou que alguns produtos chilenos chegam de navio pelos portos do sul do Brasil e depois seguem para Mato Grosso do Sul por rodovias, onerando o preço e diminuindo a qualidade do produto. Ele ressalta que, com a abertura da Rota de Integração Latino Americana, será possível, em dois dias, os produtos estarem no comércio sul-mato-grossense.
Um dos grandes empecilhos, segundo o Governo do Estado é a utilização de caminhões bitrens que ultrapassam o limite de peso permitido nas estradas da Argentina e Chile, que é de 25 toneladas. No Brasil esse peso é de 45 toneladas. O dirigente do Setlog não enxerga dificuldades para definir uma nova balança nestes países, que estão interessados em ampliar a legislação para também operar com os caminhões de três eixos, e vislumbra um mercado promissor inclusive para retorno com cargas para a frota do Estado. Paraguai, Argentina e Chile tem muitos produtos a oferecer ao Estado e ao Centro-Oeste, como derivados lácteos, vinhos, sal, feijão.
0 Comentários