Em Brasília os governadores Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, e Tarcísio Freitas, de São Paulo, participaram de uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Foi discutido o projeto de relicitação da ferrovia Malha Oeste, que soma mais de 1.600 km entre as cidades de Corumbá (MS) e Mairinque (SP). O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, e a procuradora-geral de Mato Grosso do Sul, Ana Carolina Ali Garcia, estiveram presentes no encontro.

As empresas de celulose Suzano e Eldorado apresentaram projetos para fazer trechos de ferrovia. A ideia é escolher a melhor opção indo de Três Lagoas até Aparecida do Taboado onde seria feita a conexão entre as Malhas Oeste e Paulista. "Já foi apresentado um projeto que está em licenciamento por parte do Estado de Mato Grosso do Sul, mas precisa da interlocução do Ministério da Infraestrutura e da concordância do governador Tarcísio para que a gente viabilize diante das partes interessadas no retorno de operação da Malha Oeste. De Campo Grande a Três Lagoas e depois Corumbá na outra ponta trabalhando com mineração", explicou Riedel.

O processo de relicitação da Malha Oeste está previsto para ocorrer no segundo semestre de 2024 com expectativa de um edital chegando a R$ 18 bilhões de investimentos em 60 anos. O trecho entre Três Lagoa e Aparecida do Taboado pode ter de R$5 a 6 bilhões de investimentos, mas o projeto ainda precisa avançar como um todo para a estimativa se confirmar.

Durante a ocasião, também foi discutido o pedido para que a União repasse as rodovias BR-262 e BR-267 ao Estado. Depois, a intenção é fazer a concessão das vias à iniciativa privada. O trecho todo de concessão seria em torno de 880 km, com a MS-040, e geraria em torno de R$ 5 bilhões. "O Governo Federal através do Ministro Renan tem toda a boa vontade de poder fazer a delegação para Mato Grosso do Sul, estão aguardando o nosso projeto que está sendo executado. A gente tem a expectativa de final de maio ter isso definido e trazer ao Ministério. Eles aprovando, aí nós vamos para o mercado", explica Riedel.


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