A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu, os gargalos e desafios para o escoamento da safra brasileira, em audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento da Câmara dos Deputados.

A assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação, Elisangela Pereira Lopes, apresentou um comparativo de custos entre Brasil, Argentina e Estados Unidos do frete terrestre e marítimo para a China. Segundo os números, o custo maior é do Brasil e está relacionado à infraestrutura e logística do país.

“O Brasil tem pouco mais de 13 mil quilômetros de linha férrea e quando a gente analisa os custos e vê que é o dobro em relação aos Estados Unidos, isso cria um alerta”, disse.

Segundo ela, de tudo que é movimentado no país, 61% são por estradas que enfrentam situações que variam de “péssima a ruim” em 67% do total.

“Tem que evoluir e melhorar esse índice. Além disso, esse todo não corresponde a extensão das estradas no seu total. Sabemos que 12,4% das nossas estradas são pavimentadas, o restante não. Se a gente considerasse o universo de estradas no Brasil, esse número seria muito pior.”

A assessora mencionou o percurso que fez essa semana pela BR-163, de Sinop (MT) a Santarém (PA), pelo movimento Estradeiros, da Aprosoja Brasil.

"A situação não se encontra boa como tem sido divulgada. Existem problemas na estrada, que é concessionada. Se percorrem nessa estrada, por dia, 1,5 mil caminhões 17 milhões de toneladas de soja e milho com destino aos portos de Miritituba e Santarém, e onde há 33 km ainda sem pavimentação. Então, é necessário que se faça um investimento nesse corredor que é tão importante.”

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