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A China suspendeu as exportações de carne de frango e derivados de três frigoríficos de Mato Grosso do Sul, como parte de uma medida mais ampla que atinge 59 unidades brasileiras. A decisão foi tomada após a confirmação de um caso de gripe aviária de alta patogenicidade em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, no dia 15 de maio.

De acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), os frigoríficos suspensos no Estado são: BRF S.A., de Dourados (SIF18); Bello Alimentos Ltda, de Itaquiraí (SIF3409); e Seara Alimentos Ltda, de Sidrolândia (SIF3595). “A suspensão começou a valer no sábado, dia 17 de maio, e impacta diretamente as exportações brasileiras para o principal destino da carne de frango do país”, informou a plataforma da GACC.

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil comunicou oficialmente à China a ocorrência do foco de gripe aviária e suspendeu temporariamente as certificações sanitárias para exportação, conforme prevê o protocolo entre os dois países. “Comunicamos a China que respeitamos o protocolo acordado, o que significa a suspensão dos embarques desde 15 de maio”, declarou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua.

A expectativa do governo federal é que a medida seja regionalizada, ou seja, restrita apenas ao Rio Grande do Sul. No entanto, a decisão final depende de negociação com as autoridades chinesas, que até a noite de sexta-feira (17) não haviam se manifestado. Em 2025, de janeiro a abril, a China já havia importado 192 mil toneladas de carne de frango brasileira, gerando US$ 455 milhões.

Além dos três frigoríficos sul-mato-grossenses, foram suspensas unidades de estados como Paraná (21), Santa Catarina (14) e o próprio Rio Grande do Sul (8), que já enfrentava restrições desde 2024. “Essa situação preocupa os produtores e empresários do setor, especialmente em regiões como Mato Grosso do Sul, onde o segmento é essencial para a economia local”, alertaram lideranças do setor.