O Governo do Estado anunciou que as empresas instaladas em Mato Grosso do Sul investiram mais de R$ 41 bilhões nos últimos três anos, beneficiados pela política de incentivos fiscais oferecidas pela administração estadual. Isso, de acordo com as informações da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), fez com que o estado avançasse ainda mais no desenvolvimento econômico e industrial.

 

Os técnicos da Semagro acreditam ainda que a convalidação dos incentivos pode trazer novas indústrias e acelerar o processo de modernização estadual. Segundo eles, um dos resultados dessa política foi a abertura de novos postos de trabalho. Desde 2015, 126 novas empresas se instalaram em Mato Grosso do Sul e abriram mais de 18 mil postos de serviços.

 

Entretanto não é o que foi divulgado na última sexta-feira (26) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o levantamento, houve, em Mato Grosso do Sul, mais demissões do que admissões em 2017. Foram 236.181 contratações contra 241.055 desligamentos, promovendo saldo negativo de 4.874 vagas.

 

De acordo com a área econômica do Governo do Estado, os indicadores sociais e econômicos, desempenho da gestão pública e outros fatores inerentes à logística e potencialidades naturais, criaram um ambiente de confiança, levando a iniciativa privada a manter os investimentos mesmo na fase mais aguda da crise econômica nacional.

 

O secretário da Semagro, Jaime Verruck, destacou que o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação cresceu, em média, 14,8% ao ano. “A indústria está se consolidando em Mato Grosso do Sul, atraindo outros investimentos na cadeia produtiva, fortalecendo os negócios para as empresas já instaladas, gerando emprego, renda e divisas”, disse.

 

No estado, a Fibria, instalada em Três Lagoas, é a campeã de investimentos com mais de R$ 8 bilhões. Já em Campo Grande, a ADM, localizada no Núcleo Industrial, aparece com investimentos de mais de R$ 650 milhões em uma unidade de produção de proteína texturizada.

 

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, vê um cenário positivo em 2018, projetando crescimento de 8,8% do PIB industrial, que deve pular de R$ 20,3 bilhões para R$ 22,2 bilhões. “Estamos muito confiantes na retomada do crescimento da economia e da indústria em 2018, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde temos a particularidade de um ambiente favorável para investimentos”, diz o presidente da Fiems.

 

De acordo com a Fiems, a indústria deve movimentar R$ 38,5 bilhões, 6,8% a mais do que em 2017. Ele destaca a segurança jurídica com a convalidação dos incentivos, estabilização das taxas de juros e crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e mudanças na legislação trabalhista como ações favoráveis à retomada do crescimento.

 

As exportações também tomarão novo fôlego em 2018 e devem totalizar US$ 3,08 bilhões, 5% a mais do que o volume das exportações do ano passado. O presidente da Fiems destaca, ainda, as previsões de crescimento do número de estabelecimentos industriais no Estado.

 

Sérgio Longen calcula que Mato Grosso do Sul vai fechar o ano com 7.450 empresas ativas, 2,8% a mais que em 2017. O setor deve garantir neste ano emprego com carteira assinada a 124.450 trabalhadores.

 

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS), Edison Araújo, diz que a política de incentivos e a desburocratização de processos de licenciamento ambiental adotadas pelo Governo do Estado “contribuem com a competitividade” das cadeias produtivas e das empresas. Segundo ele, a expansão industrial é preponderante para o crescimento do comércio e setor de serviços.

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