Durante a viagem à China como integrante da delegação liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, foi citado por Lula em discurso na cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidente do banco dos BRICS.

Lula fez um aceno aos líderes sindicais que o acompanhavam na delegação, mencionando Stédile, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, Moisés Selerges, o presidente da Força Sindical e dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, e o presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah.

“Quero cumprimentar os companheiros dirigentes sindicais que vieram comigo nessa delegação. O Moisés Selerges, presidente do Sindicato [dos Metalúrgicos] de São Bernardo do Campo, Miguel Torres, presidente da Força Sindical e [do Sindicato] dos Metalúrgicos de São Paulo, companheiro Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, o companheiro Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, UGT, e o João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra”, afirmou Lula.

A presença de Stédile na viagem causou controvérsia devido às invasões de propriedades rurais realizadas recentemente pelo MST. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para proibir essa prática em todo o país.

A bancada do agronegócio tem buscado contrapor o discurso do MST nas redes sociais e pressionado para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) já deu sinais de que a comissão será de fato instalada.

Em uma entrevista concedida ao portal Metrópoles, Stédile destacou que a mobilização popular, marchas, vigílias, manifestações e invasões de terras públicas e, segundo ele, "latifúndios improdutivos" fazem parte da existência do MST e que isso não é nenhuma novidade. “Vai acontecer, não só em abril, mas porque é a forma das mobilizações pressionarem pra que se aplique a lei da reforma agrária que está na Constituição brasileira”, disse. 

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