Advogado de Lula pede desculpas a Deputado João Henrique por falsa notícia divulgada pelo portal Brasil 247
A Justiça tarda, mas não falha, diz o ditado. Neste
caso, levou apenas três dias para que o advogado Cristiano Zanin Martins –o preferido de Lula para o STF – respondesse
à notificação enviada em 27 de março pelo deputado estadual João Henrique
(PL-MS), por conta da publicação da matéria mentirosa intitulada “Deputado
bolsonarista exalta livro de Hitler na Assembleia de MS e gera revolta nas
redes”, divulgada no dia 7 de março último, na página web do portal Brasil247, que
o advogado representa.
“É a esquerda reconhecendo que em nenhum momento de
nosso discurso foi feita qualquer exaltação ou apologia ao nazismo. Ao
contrário! Nossa fala foi contra o nazismo, contra a aniquilação do parlamento
por Hitler", disse o deputado, que no dia 7 de março, ao subir à tribuna
da Assembleia Legislativa e revelar a falta de transparência do atual Governo
do Estado, foi mal interpretado e cruelmente apontado como defensor do nazismo ao
erguer o livro “Mein Kampf”, de Hitler.
Dos nove minutos em que falou perante a tribuna, o deputado
João Henrique usou a maior parte deles para se queixar da falta de resposta ao requerimento
que cobrava transparência, por parte do governo do Estado, a respeito de
contratações em cargos comissionados. A petição, proposta por ele, não teve o
apoio dos demais deputados.
“Basta assistir ao vídeo do discurso para constatar
que eu estava, justamente, enfatizando quão ruins e nefastas são as estratégias
usadas por Hitler para enfraquecer e acabar com o parlamento. O Governo do
Estado orientou sua base a votar contra um requerimento simples, que visava
detalhar as contratações com cargos comissionados do Estado de Mato Grosso do
Sul. Coisa simples, da atividade fiscalizatória e devido exercício da atividade
parlamentar. A citação foi justamente oposta a esse sentido, em crítica às
estratégias de Hitler para anular o parlamento, corromper a democracia, até que
colocou, por meio de infiltrado, fogo no parlamento alemão".
A exemplo do Brasil 247, dezenas de outros veículos
de mídia Brasil afora - que ignoraram a verdade e preferiram fazer
sensacionalismo em suas manchetes em troca de curtidas e comentários –
receberam a mesma notificação exigindo o direito de resposta. “A velocidade de
informações e o imediatismo, a falta de apuração correta e de atenção incorrem
em erros como esse, de execrar uma pessoa, um parlamentar que apenas estava
cumprindo com seu dever legislativo, fiscalizatório”.
Para o deputado João Henrique, a criação de factoide
por uma parte da imprensa prejudica a democracia. “A disseminação de notícias
falsas corrói a democracia ao criar desinformaçãoque bloqueia o debate, esconde
o malfeito. É preciso voltar à boa prática jornalística, acabar com as
fakenews”.
Até esta data, outras empresas de mídia já se
retrataram sobre o assunto, reconhecendo o erro, publicando o direito de
resposta. O parlamentar afirma que está ajuizando ações cautelares
preparatórias com o objetivo de quantificar a extensão dos prejuízos e danos à
imagem, na medida em que a disseminação das mentiras e acusações criminosas
ultrapassaram a marca de milhões de visualizações, compartilhamentos, indo
parar no trendtopics do Twitter e ainda mais de dois minutos de caluniações no
principal jornal de política da televisão brasileira em tom depreciativo.
0 Comentários